Peeling, palavra que vem do inglês e significa “descascar”, é um procedimento estético que remove as camadas superficiais da pele e estimula a renovação celular. Através da aplicação de substâncias químicas ou técnicas abrasivas, é eficaz no tratamento de acne, manchas, rugas, linhas de expressão e cicatrizes.
Atualmente, existem diferentes tipos de peeling, que podem ser classificados de acordo com a profundidade de sua ação e o tipo de substâncias utilizadas. E é justamente essa variedade de opções que deixa muita gente em dúvida sobre como se faz e quando cada uma delas é recomendada.
Para esclarecer essas dúvidas, o CNN ouvi de dermatologistas que explicam essas diferenças. Olhar!
Profundidade dos peelings
Superficial: Pode ser à base de ácido, a laser ou através de dispositivos que promovem esfoliação leve como microcristais. É recomendado para peles com manchas leves e acne superficial. A sua ação ajuda a melhorar a textura e o tom da pele.
As substâncias mais utilizadas nesse tipo de procedimento são: ácido glicólico, ácido salicílico, ácido mandélico e ácido retinóico. Por atingir a camada superficial da pele, ocorre uma descamação leve que pode durar alguns dias e a recuperação é rápida.
Média: É indicado para melhorar o aspecto de rugas finas, manchas mais pronunciadas e cicatrizes moderadas de acne.
O ácido tricloroacético (TCA) e o ácido glicólico são utilizados no procedimento em concentrações mais elevadas. Também pode ser feito com laser fracionado não ablativo (atinge apenas determinadas partes da derme).
Ao atingir uma camada um pouco mais profunda, é normal que a pele fique vermelha e tenha descamação mais significativa. O tempo de recuperação para esta categoria de procedimento pode durar até duas semanas.
Profundo: Como o nome sugere, atinge uma camada mais profunda da pele e por isso é recomendado para tratar danos graves causados pelo sol, cicatrizes e rugas profundas. Pode ser feito com laser fracionado ablativo ou com uso de fenol.
Ao atingir as camadas mais profundas da pele, a recuperação pode durar várias semanas. Este tipo de peeling geralmente requer sedação ou anestesia e supervisão médica rigorosa.
“Os peelings mais populares geralmente são os mais leves e a laser, com poucos riscos e menor tempo de recuperação”, explica Ana Beatriz Schmidt, dermatologista especialista no método Slow Care.
Tipos de peeling:
- Mecânico: o esfoliante é aplicado e esfregado na pele até obter uma cor rosa clara e uniforme em todo o rosto. Em seguida, a área é lavada e aplicado um hidratante.
- Químico (uso de ácidos): A diluição do ácido é escolhida pelo dermatologista após avaliação da pele. É aplicado em camadas sucessivas sobre a pele até que a cor indique a profundidade obtida, ou seja, quanto mais branca a pele, mais profunda ela era. Após alguns minutos, o produto é retirado e a pessoa apresenta descamação da pele em poucos dias. A profundidade e intensidade deste peeling variam dependendo do ácido aplicado.
- Físico (laser, cristal, areia): é feito por meio de equipamentos e a potência da máquina é escolhida pelo dermatologista, variando de acordo com a necessidade de cada paciente. É aplicado em toda a superfície do rosto, até obter a cor desejada para cada área do rosto.
Quem pode fazer peeling?
A escolha do tipo de peeling só deve ser feita pelo dermatologista após avaliação do paciente. Essa escolha depende de vários fatores, como tipo de pele, objetivos do tratamento e histórico de saúde do paciente.
“O peeling superficial não é recomendado para idosos com rugas profundas. Às vezes é melhor começar com um peeling médio, pois terá um bom resultado e menor risco de complicações. Um peeling profundo, como o de fenol, não é recomendado para jovens, que tendem a ter a pele lisa e com poucas manchas”, explica Paula Sian, dermatologista.
Após o procedimento, é importante seguir as orientações médicas como usar protetor solar diariamente, evitar exposição solar e manter a pele hidratada. Ao contrário do que muitos pensam, nem todos podem fazer esse tipo de procedimento, pois mesmo os mais superficiais contêm contraindicações.
“Gravidez, amamentação, alergias a produtos, doenças de pele como lúpus, infecções locais, feridas na pele e quelóides no local da aplicação são algumas das contraindicações”, acrescenta Sian.
Benefícios do peeling:
- Renovação celular
- Redução de rugas e linhas de expressão
- Clareamento de manchas
- Melhora a textura da pele
- Tratamento de acne
- Redução de cicatrizes
- Estimulação da produção de colágeno
- Pele mais firme e luminosa
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