O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL)que foi absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) da acusação de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022 e escapou de ter o mandato cassado pela Justiça, usou as redes sociais para comemorar o resultado do julgamento.
Nas mensagens publicadas em sua conta oficial no Ministério Público Eleitoral (MPE) deverá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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“Recebo com profunda humildade a decisão do tribunal eleitoral do estado do Rio de Janeiro. Desde o início deste processo, reiterei a minha confiança na Justiça, o que hoje ficou comprovado. A democracia, pilar fundamental da nossa sociedade, foi abençoada com esta decisão”, escreveu o governador do Rio de Janeiro.
Castro aproveitou para ironizar o ex-deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), atual presidente da Embratur, derrotado pelo governador do Rio nas eleições de 2022.
“É importante destacar que, além do trabalho da nossa defesa, que resultou no arquivamento das ações propostas pelo Ministério Público Eleitoral e pelo candidato derrotado Marcelo Freixo, a decisão respeitou o voto livre e soberano de mais de 4,8 milhões de eleitores no RJ”, disse Castro.
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“Repito o que sempre disse ao ex-deputado Marcelo Freixo: respeite o resultado das urnas e a vontade do nosso povo. A democracia, hoje, é a grande vencedora”, acrescentou o governador do Rio.
Em 2022, Cláudio Castro foi reeleito no estado, ainda no primeiro turno, com mais de 58% dos votos válidos (4,9 milhões). Freixo obteve 27,3% (2,3 milhões de votos) e terminou em segundo lugar.
Também por meio de X, Freixo refutou os comentários de Castro e lamentou a decisão do TRE-RJ.
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“Já ganhei e perdi eleições, Cláudio Castro. Todos eles contestados por mim de forma limpa e democrática, sem contratar quase 30 mil funcionários fantasmas para fazer campanha e sem desviar dinheiro público”, escreveu o presidente da Embratur.
“Não é só com a Justiça Eleitoral que você precisa se preocupar. Com criminosos também. Afinal, você responde a uma denúncia de corrupção no STJ. O final dessa história é trágico e o povo do RJ infelizmente já sabe disso”, finalizou Freixo.
Castro foi acusado pelo MPE de usar cargos “secretos” do governo para fins eleitorais em 2022. O governador do Rio de Janeiro e outros 11 réus foram investigados no caso, assim como o vice-governador Thiago Pampolha (MDB) e o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil).
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As denúncias envolviam supostas contratações irregulares feitas por meio da Fundação Centro de Estatística, Pesquisa e Formação do Servidor Público do Estado do Rio de Janeiro (Ceperj) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) para obter vantagens na reeleição ao governo do estado. . A chamada “folha secreta” contava com 27 mil vagas temporárias no Ceperj e 18 mil na Uerj.
Na última sexta-feira (17), o relator do caso, Peterson Barroso Simão, que é juiz e magistrado do TRE-RJ, votou a favor do impeachment de Castro, antes da interrupção do julgamento.
Nesta quinta-feira, o juiz Marcelo Granado abriu dissidência, acompanhado de Gerardo Carnevale Ney da Silva e Fernando Marques de Campos Cabral Filho. Katia Valverde Junqueira deu o voto que formou a maioria.
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Daniela Bandeira de Freitas e o presidente do TRE, Henrique Carlos de Andrade Figueira, acompanharam o relator.