O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou, para esta segunda-feira (30), nova audiência de conciliação com órgãos dos Três Poderes para discutir medidas tomadas para acabar com o chamado “orçamento secreto”.
A reunião será na manhã do dia 10 de outubro, no Supremo Tribunal Federal. Você será solicitado a enviar representantes:
- Procurador-Geral da União (AGU);
- Advogados do Senado e da Câmara dos Deputados;
- PSOL (autor da ação em que o tema é discutido);
- Procuradoria-Geral da República (PGR).
Dino criticou a demora na implementação da determinação do Tribunal que considerou inconstitucional a prática de distribuir emendas sem transparência. A decisão foi dada em dezembro de 2022.
“Ressalto, mais uma vez, que é absolutamente incompatível com a Constituição Federal, inclusive no que diz respeito à harmonia entre os Poderes, que uma decisão do STF ainda não tenha sido adequadamente executada, quase 2 (dois) anos após a data do julgamento que ordenou o fim do ‘orçamento secreto’”, afirmou o ministro, na decisão.
A prática do orçamento secreto estava relacionada às indicações de despesas e alterações de deputados e senadores do governo federal sem a devida transparência sobre valores e dos responsáveis pela indicação dos valores.
Segundo o despacho de Flávio Dino, a audiência servirá para analisar o cumprimento de medidas já determinadas, confirmar ou adotar “compromissos claros e objetivos” entre órgãos públicos sobre estes pontos e “dividir quaisquer dúvidas sobre os procedimentos técnicos em curso”.
Os representantes presentes na audiência também reunirão as informações já disponíveis sobre as alterações em questão para posterior envio à Controladoria-Geral da União (CGU), que divulgará os dados no Portal da Transparência.
Na reunião, AGU, Câmara e Senado deverão apresentar propostas de reestruturação e reorganização das alterações RP 8 (“emendas de comissão”) e RP 9 (“emendas de relator”) para o exercício de 2025.
O objetivo é atender aos critérios de transparência, rastreamento e eficiência dos dados.
Dino disse que após a audiência avaliará a retomada da implementação das emendas RP 8 (comissão) e RP 9 (relator).
“Após a Audiência, e analisando as deliberações pactuadas, apreciarei o pedido de retomada parcial da execução dos aditamentos RP 8 e RP 9, especificamente relativos às obras em andamento, conforme necessário, desde que observadas as normas cabíveis”, ele afirmou.
As emendas parlamentares são objeto de uma série de negociações envolvendo o Governo Federal e o Congresso. As alterações nas transferências começaram a ser debatidas após o STF suspender os pagamentos até que fossem adotadas medidas de maior transparência e rastreabilidade.
No dia 20 de agosto, representantes dos Três Poderes acertaram diretrizes gerais para dar mais transparência aos recursos no que diz respeito às chamadas emendas de imposição (de pagamento obrigatório).
Em relação às alterações da comissão, foi decidido que os repasses deveriam ser destinados a projetos de interesse nacional ou regional, definidos “de comum acordo” entre o Legislativo e o Executivo.
Entender
Dino já liderou uma audiência sobre o tema no início de agosto. Na ocasião, o ministro disse que o objetivo era garantir “efetivamente o fim do orçamento secreto no Brasil”.
Entre os pontos acordados nesta reunião estava a determinação de que os parlamentares só poderão destinar emendas aos estados de onde foram eleitos, vedando, portanto, transferências para outras unidades da federação.
A exceção só se aplica quando existe um projeto nacional cuja implementação ultrapasse os limites territoriais do Estado do parlamentar. Além disso, os pagamentos só podem ser feitos pelo Executivo através de “prévia e total transparência e rastreabilidade”.
Dino também deu prazo de 30 dias para que o Poder Executivo e o Congresso Nacional esclareçam as medidas tomadas para “garantir a rastreabilidade, comparabilidade e publicidade dos dados orçamentários”.
A CGU foi condenada a apresentar relatório sobre o tema. A agência enviou o documento no início de setembro.
A CGU apontou fragilidades na transparência e rastreabilidade na execução das emendas das comissões parlamentares.
Segundo a CGU, a fragilidade regulatória está relacionada à falta de limites de valor e à ausência de “planejamento relevante” para gastos em programas e projetos de políticas públicas prioritários.
Ao longo da análise das informações, Dino apurou novos dados sobre os municípios que mais receberam alterações. Esta informação ainda está sendo coletada.
História
O tema do orçamento secreto voltou a ser discutido e analisado pelo STF após entidades se manifestarem à Corte afirmando que há “elementos que configuram descumprimento persistente da decisão” sobre o tema.
Dino herdou as ações sobre o tema da ministra Rosa Weber, que se aposentou em outubro do ano passado. Sob a relatoria de Weber, em 2022, o STF decidiu declarar inconstitucional o sistema de utilização de emendas de relator que ficou conhecido como orçamento secreto.
bmg consultar proposta
banco bmg brasilia
bmg aracaju
emprestimos funcionarios publicos
qual o numero do banco bmg
simulador empréstimo consignado servidor público federal
whatsapp do bmg
telefone bmg 0800
rj emprestimos
melhor emprestimo consignado
simulador emprestimo funcionario publico
consignado publico