Uma das irmãs que teve motocicleta roubada logo após a compra do veículo zero quilômetro em Santa Cruz, zona oeste do Rio, Ele afirmou que no momento do assalto achou que era uma brincadeira.
“Nosso sentimento agora é de impotência porque não depende mais de nós. Tudo o que pude fazer para procurar, para descobrir, eu fiz. Procuramos câmeras por conta própria e isso não depende mais de nós mesmos. Deixe a polícia agir agora. Foi muito assustador, achamos que era brincadeira. Até pensei que poderia ser alguém que conheço porque moro aqui em Guaratiba e conheço muita gente. Não podíamos acreditar que isto nos estava a acontecer”, disse Cíntia Santos, 38 anos.
A irmã dela, Priscila Santos, 22, dirigia a moto no momento do assalto, na semana passada. Os dois haviam saído da concessionária dez minutos antesdepois que Priscila comprou o veículo através da Cíntia.
“Trabalho desde os 17 anos. Atualmente trabalho em uma banca de jornal e nos finais de semana fazia entregas freelance com minha moto velha usada. Nunca tive uma moto 0 km e é meu sonho. Desde que vi e andei em uma ADV, me apaixonei e sabia que essa era a moto que eu queria, então vendi a minha por R$ 10 mil e desisti de tudo para conseguir uma ADV 0 km. A pontuação da minha irmã foi alta e então levamos minha bicicleta em nome dela. Tudo bem até agora. Fiquei muito feliz, muito animado e esperando ansiosamente a chegada da minha bicicleta. Duas semanas e 3 dias depois o vendedor me informou que havia chegado e pediu para eu retirar”, contou Priscila.
As irmãs saíram da concessionária sem ter certeza de que a moto, avaliada em R$ 34 mil, já estava segurada, pois apesar de terem iniciado o processo, ainda não haviam feito o pagamento. Porém, Priscila explicou que parte do valor do veículo será coberto.
“Como fiz R$ 10 mil de depósito e paguei o restante em 24x de R$ 956, a seguradora vai pagar ao banco, então vou perder o dinheiro que fiz de depósito e não terei outra moto. Estou criando uma vaquinha digital para arrecadar dinheiro para poder comprar outra moto, muitos amigos e até desconhecidos estão me incentivando a fazer essa vaquinha, qualquer valor vai nos ajudar muito”, finalizou Priscila.
A Polícia Civil do Rio realizou investigações nesta quarta-feira (2) e levou cerca de dez suspeitos ao 36º DP (Santa Cruz). As irmãs foram até o local para fazer reconhecimento facial, mas não identificaram os criminosos.
“As nossas mentes estão muito confusas porque já não sabemos o que poderá ter acontecido a esta moto. Poderia ter sido clonado, desmontado, várias coisas poderiam ter acontecido. E como o caso ficou muito grande, a moto já deveria ter aparecido, né?”, disse Cíntia.
As vítimas afirmaram que, ao chegarem à Estrada da Pedra, próximo à estação do BRT Vendas de Varanda, foram atropeladas por dois criminosos em outra motocicleta. Os ladrões ordenaram que eles entrassem em outra rua. Naquele momento, Priscila reduziu a velocidade, pensando que seria filmada por uma câmera de segurança que pudesse identificar os criminosos.
Ao entrarem na outra rua, os criminosos levaram as chaves da motocicleta, um celular, carteiras das duas mulheres e documentos como carteira de identidade e de motorista, além de R$ 2,4 mil em dinheiro. Dois dias depois, Cíntia conseguiu identificar compras superiores a R$ 300,00, feitas em um posto de gasolina do Engenho Novo, na Zona Norte, por meio de dois cartões de crédito virtuais que tinha no celular.
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