Um padre foi denunciado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por fazer discurso de ódio contra a comunidade LGBTQIA+. O episódio aconteceu em abril de 2023, mas a denúncia foi feita na semana passada, após a conclusão de um inquérito policial.
A Promotoria de Investigação Criminal de Nova Friburgo denunciou ao ministro Padre Antônio Carlos dos Santos, que durante missa insultou a orientação sexual de casais do mesmo sexo.
Durante a celebração religiosa, o religioso fez diversas declarações homofóbicas, relacionando as uniões entre pessoas do mesmo sexo à ação do diabo e à destruição de famílias. O episódio aconteceu no dia 30 de abril de 2023, na Capela do Colégio Nossa Senhora das Dores, em Nova Friburgo.
Segundo o MPRJ, as palavras do padre incitaram ao preconceito e à discriminação contra os homossexuais, configurando crime de homofobia. A denúncia foi encaminhada à 2ª Vara Criminal de Nova Friburgo e o caso está sendo investigado pela Justiça.
Lembre-se do caso
O padre foi denunciado à polícia por homofobia após discurso proferido na missa do 7º dia. Em vídeo publicado na internet, o ator Bernardo Dugin explicou que o discurso homofóbico aconteceu durante a homilia, quando o padre prega sobre temas específicos.
“No momento da homilia, o padre disse ‘que o diabo está entrando nas casas das pessoas de diferentes maneiras para destruir famílias, representando a união de pessoas do mesmo sexo, homem com homem, mulher com mulher, etc.’”, disse. relatado. Bernardo.
A Diocese de Nova Friburgo divulgou nota sobre o ocorrido na época. No comunicado, a Diocese pediu “perdoamos quem se sentiu ofendido e reafirmamos o que se repete nas orientações do Bispo para sacerdotes e leigos: misericórdia, respeito, diálogo, tolerância e reconciliação”.
A posição do padre Antônio Carlos dos Santos, envolvido no episódio, também foi divulgada. No texto, o padre afirma que suas palavras não tiveram a intenção de ofender nenhuma classe ou pessoa e pediu desculpas por suas observações.
Parentes e amigos afirmam que ele foi vítima de homofobia.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) atendeu o jovem e o levou ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul. Ele foi levado para a unidade com sinais de espancamento e não sobreviveu.