A entrada de Kamala Harris na disputa presidencial nos Estados Unidos trouxe elementos secundários ao jogo eleitoral ou elementos até então não observados na disputa: música e sorrisos.
Em poucos dias, o ambiente eleitoral americano mudou com a chegada de um candidato que tenta usar a leveza para entrar na casa dos eleitores, principalmente daqueles que ainda estão indecisos.
Personalidades até então desligadas da disputa vieram à tona, como a cantora Beyoncé que, assim como CNN divulgado nesta terça-feira (23), autorizou o uso da música “Freedom” na campanha de Kamala.
A mãe de Beyoncé, Tina Knowles, viralizou nas redes sociais com postagens destacando as características “jovens”, “afiadas” e “energizantes” da vice-presidente americana.
Toda esta energia é agora traduzida em números para a campanha. Em apenas um dia, Kamala arrecadou mais dinheiro do que o presidente Joe Biden conseguiu em meses: mais de US$ 80 milhões (R$ 447 milhões).
“Porque eu também preciso de liberdade! Eu quebro as correntes sozinho. Não vou deixar minha liberdade apodrecer no inferno”, diz a música de Beyoncé, que será usada na campanha de marketing da campanha à vice-presidência de Biden.
Para a estratégia de campanha, a música chamada “Liberdade” pode ganhar votos de imigrantes, negros, mulheres e vulneráveis.
“Ei! Vou continuar correndo, porque vencedor não desiste de si mesmo”, diz a música repleta de mensagens políticas.
Kamala também tem tentado usar o sorriso como uma forma mais leve de apresentar seus discursos – que podem ser bem duros quando necessário.
Em seu primeiro discurso de campanha, ela sorriu e riu junto com as pessoas presentes no local – que, é verdade, era formado por integrantes da própria campanha, ambiente muito amigável para ela.
De qualquer forma, foi uma forma de fazer um discurso muito diferente daquela a que os americanos se habituaram nos últimos tempos.
Devido à elevada polarização, quase todos os discursos desta campanha foram feitos por políticos sérios, concentrando ataques de baixo nível nos seus oponentes, muitas vezes falando mentiras e destilando ódio.
Kamala também disse coisas duras em seu discurso de abertura, como quando afirmou que, como promotora, conhece bem alguns tipos de criminosos.
“Predadores que abusam das mulheres, fraudadores que enganam os consumidores, vigaristas que quebram as regras do seu próprio jogo”, disse ela, antes de atacar, “então ouça-me quando digo que conheço o tipo de Donald Trump”.
Em Washington, porém, dizem que o primeiro dia de campanha é sempre o dia mais feliz para qualquer candidato. Depois disso, tudo fica mais difícil, competitivo e difícil.
Resta saber se Kamala manterá o sorriso aberto quando a competição realmente começar.
Outros dois cardeais, o senador Chuck Schumer e o deputado Hakeem Jeffries, líderes partidários no Congresso, anunciaram que apoiariam publicamente o atual vice-presidente somente nesta terça-feira (23).
Apesar de tudo isto, é praticamente certo que Kamala Harris será o nome dos Democratas nas urnas em Novembro.
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