O dólar à vista disparou frente ao real nesta sexta-feira (20), quebrando uma sequência de sete sessões de perdas, com os investidores reprecificando os valores dos ativos e a curva de juros brasileira em meio a expectativas de um aperto monetário mais agressivo do que o esperado anteriormente no Banco Central.
O dólar à vista fechou o dia em alta de 1,78%, cotado a R$ 5,521 para compra e venda. Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 0,83%.
Na agenda interna, as atenções se voltam para o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias. O documento deve indicar que o governo está próximo de atingir o limite inferior da faixa de tolerância da meta de resultado primário (-US$ 28,8 bilhões ou -0,25% do PIB), apesar da arrecadação abaixo do esperado de algumas medidas de aumento de receita .
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A XP Investimentos acredita que o relatório bimestral de setembro apresentará um bloco adicional de despesas de cerca de R$ 5 bilhões, já que a revisão para cima nos benefícios previdenciários deverá ser compensada apenas parcialmente por outras despesas.
Qual é a taxa de câmbio do dólar hoje?
O dólar comercial operou com alta de 1,78%, a R$ 5,521 na compra e venda. Às 17h04, na B3, o contrato futuro de dólar de primeiro vencimento subia 1,80%, a R$ 5,526 na venda.
Na quinta, o dólar à vista fechou o dia em queda de 0,71%, cotado a R$ 5,4213.
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Dólar comercial
- Compra: R$ 5.521
- Venda: R$ 5.521
Dólar de turismo
- Compra: R$ 5.548
- Venda: R$ 5.728
Leia mais: Tipos de dólares: conheça os principais e a importância da moeda
O que aconteceu com o dólar hoje?
Profissionais das mesas de câmbio atribuem a alta a um ajuste natural e esperado, após o dólar registrar queda nos últimos sete pregões, registrando perda de 4,09% no mercado à vista.
Para Elson Gusmão, diretor de câmbio da corretora Ourominas, o gatilho para essa recomposição de posições vem do exterior, com o fortalecimento da moeda norte-americana frente à maioria das moedas. Ainda há espaço para cautela antes da divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas.
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“O mercado aguarda ações mais concretas em relação ao governo para cortar despesas. Porém, após sete pregões em que o dólar apenas caiu, em algum momento haveria um ajuste. Hoje a influência externa pesa mais. A manutenção dos juros na China também influencia, pois a economia chinesa dá sinais de enfraquecimento e mesmo assim a taxa foi mantida”, afirma a fonte.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)
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