(Reuters) – O Brasil precisará de algum programa que gere a percepção de um choque fiscal positivo se quiser conviver com juros mais baixos, disse nesta terça-feira o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enfatizando que o mercado questiona a trajetória a dívida pública cria dificuldades no processo de redução dos custos de financiamento.
Em evento promovido pela gestora Crescera Capital, em São Paulo, Campos Neto disse que optar por juros “artificialmente mais baixos” sem ter âncora para as contas públicas equivale a fazer um ajuste via aumento da inflação no médio prazo, defendendo mais uma vez harmonia entre as políticas fiscal e monetária.
“Entendemos que em algum momento, e estou falando mais de médio prazo, o Brasil precisará ter algum tipo de programa que gere a percepção de um choque fiscal positivo se quiser conviver com juros mais baixos”, afirmou. .
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Em setembro, o BC reiniciou um ciclo de aumento dos juros básicos, ajustando a Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, defendendo em sua comunicação uma política fiscal confiável e transparente.
“Quando vemos que o mercado começa a ter dúvidas sobre a trajetória da dívida, fica muito mais difícil convivermos com juros baixos, a longa curva de juros sobe rapidamente”, disse o presidente do BC.
“Optar por juros artificialmente mais baixos sem ter âncora fiscal equivale a produzir um ajuste via inflação no médio prazo”, disse Campos Neto, destacando que esse processo se dá por meio de uma transferência daqueles que não conseguem se proteger da inflação, os pobres , para aqueles que podem se proteger, os ricos.
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O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, previu esta semana que a dívida bruta do governo aumentará até se estabilizar nos 81% em 2028, um nível superior ao inicialmente previsto pela equipa económica ao aprovar o novo quadro fiscal.
O governo tem sido criticado por utilizar soluções criativas para ampliar a contabilização das receitas fiscais ou implementar programas que não geram pressão sobre o Orçamento, dadas as limitações impostas pelas regras fiscais.
Entre as ações estão uma proposta de financiamento do auxílio gás para famílias carentes fora do Orçamento, a utilização de recursos privados para financiar políticas públicas e a tentativa de utilizar a captação de recursos esquecidos pelos correntistas bancários para impulsionar o resultado primário, ponto que enfrenta desacordo do BC.
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Noutra frente, o governo afrouxou a restrição orçamental adoptada para cumprir as regras fiscais, argumentando que os seus cálculos apontam para receitas superiores ao esperado compensando um aumento das despesas obrigatórias. O congelamento de financiamento foi reduzido de 15 bilhões de reais para 13,3 bilhões de reais.
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