O desempenho da economia brasileira nos dois primeiros anos de seu governo vem contrariando as projeções mais negativas e surpreendendo o mercado financeiro. A avaliação é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi feita durante coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (25), em Nova York.
Lula conversou com jornalistas após cumprir uma série de compromissos bilaterais e agendas paralelas à Assembleia Geral das Nações Unidas – como a reunião de chanceleres dos países do G20 (grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana).
“A economia brasileira está surpreendendo positivamente. Esta é a maior sorte que tenho. Está surpreendendo os homens do mercado externo, os homens do mercado interno e os pessimistas de plantão”, afirmou o presidente brasileiro.
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Lula mencionou estimativas de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro poderá terminar 2024 registrando crescimento em torno de 3%, o que representaria um resultado muito melhor do que as expectativas da maioria dos analistas no início do ano.
“O Brasil tem uma chance que não vamos jogar fora”, disse Lula. “Vivi um período de muita incerteza no Brasil. Quando me tornei Presidente da República em 2003 [no primeiro mandato]este país não tinha dinheiro para pagar as suas importações. O FMI [Fundo Monetário Internacional] não recebeu o Ministro das Finanças. Não apenas pagamos a dívida, mas também nos tornamos a quarta reserva internacional do mundo, que é o que sustenta o Brasil até hoje. O Brasil se tornou um país respeitado”, acrescentou.
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Agências de risco
Lula também foi questionado sobre as reuniões que teve, ao lado do ministro Fernando Haddad (Finanças), com representantes de agências de classificação de risco. O presidente espera que o Brasil recupere o chamado grau de investimento, concedido pelas agências, durante seu mandato.
“Chamei as agências para conversar porque essas agências têm história no Brasil. Eles vão ao Brasil, têm escritórios no Brasil, pesquisam… É importante que saibam do Presidente da República o que está acontecendo no país. Não é preciso ouvir apenas Faria Lima, apenas empresários. Ouçam os trabalhadores e o presidente da República”, afirmou Lula.
Segundo o petista, os representantes dos órgãos “têm sido decentes porque conversaram com o ministro Fernando Haddad e com pessoas da Fazenda”.
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“Precisamos de estabilidade fiscal, económica, política e social. E você precisa ter previsibilidade, que é o que fazemos. Nada acontece depois da meia-noite, está tudo à luz do sol”, garantiu o presidente.
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