Agentes de segurança russos mataram a tiros nesta sexta-feira (23) quatro presos que haviam feito reféns em uma colônia penal, esfaquearam mortalmente quatro funcionários do estabelecimento e postaram vídeos online se descrevendo como militantes do Estado Islâmico, segundo autoridades.
“Atiradores das forças especiais da Guarda Nacional Russa na região de Volgogrado, com quatro tiros certeiros, neutralizaram quatro prisioneiros que haviam feito reféns funcionários penitenciários. Os reféns foram libertados”, disse a Guarda Nacional, segundo a agência de notícias estatal RIA.
O Serviço Penitenciário Federal disse que todos os quatro agressores foram “acabados” e acrescentou que quatro de seus funcionários morreram devido a facadas e outros foram tratados no hospital. Um total de oito funcionários penitenciários e quatro condenados foram mantidos como reféns.
Em um dos vídeos postados pelos agressores, as vítimas foram vistas deitadas em poças de sangue, uma delas com a garganta cortada. Um dos prisioneiros gritou que eram “mujahideen” do Estado Islâmico.
Outros vídeos mostraram os agressores andando de um lado para o outro no pátio da prisão, onde um dos reféns estava sentado, com o rosto coberto de sangue.
A operação para libertar os prisioneiros ocorreu depois de o presidente Vladimir Putin, numa reunião semanal do seu Conselho de Segurança, ter dito que queria ouvir o ministro do Interior, o chefe de segurança do FSB e o chefe da Guarda Nacional sobre o incidente.
A Rússia, cujas agências de defesa e segurança estão fortemente focadas na guerra na Ucrânia, assistiu a um recente aumento nos ataques de militantes islâmicos.
Em Junho, ocorreu um motim sangrento numa prisão ligada ao Estado Islâmico na região sul de Rostov, onde forças especiais mataram a tiro seis reclusos que tinham feito reféns.
Mais tarde, naquele mesmo mês, pelo menos 20 pessoas foram mortas em tiroteios numa igreja, numa sinagoga e num posto de controlo policial no Daguestão, uma região maioritariamente muçulmana no sul da Rússia.
Em Março, o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por um ataque no qual homens armados invadiram a sala de concertos Crocus City, perto de Moscovo, dispararam contra o público com armas automáticas e incendiaram o edifício, matando mais de 140 pessoas.
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